Este artigo pretende tratar de questões básicas como, por exemplo, “qual esteróide devo usar? Quais dosagens? Por quanto tempo? Pode-se utilizar mais de um tipo ao mesmo tempo?”. É importante lembrar que não existe nenhuma “fórmula geral” que se aplique a todos.
A primeira coisa a ser levada em conta é “quais são os objetivos?” e talvez a segunda seja “esses objetivos são razoáveis, sensatos?”. Muito freqüentemente me deparo com pessoas que desejam ganhar enormes quantidades de massa muscular ao mesmo tempo em que perdem gordura e ainda por cima utilizando as drogas mais seguras e “brandas” possíveis. O que essas pessoas deveriam fazer é traçar objetivos que não sejam contraditórios. Neste artigo nós iremos considerar objetivos – razoáveis, é claro – e discutir modos de alcançá-los.
Todas as considerações feitas aplicar-se-ão apenas a indivíduos do sexo masculino. Mulheres devem usar doses muito mais reduzidas para evitar problemas de virilização; até doses baixas podem causar engrossamento irreversível da voz, aumento piloso (também facial), etc. O uso feminino de esteróides é um caso à parte que não será tratado neste artigo.
Massa muscular
Consideremos o primeiro objetivo mencionado: ganho de massa muscular. Os objetivos dependerão em grande parte de quão avançado é o atleta e/ou usuário. Uma pessoa com 20kg de massa muscular além do que conseguiria desenvolver naturalmente, e que deseja acumular ainda mais, simplesmente não conseguirá qualquer resultado utilizando 500mg de testosterona. Na melhor das hipóteses essa dose o ajudará a manter a massa muscular já adquirida (em vez de perdê-la gradativamente). Tal indivíduo provavelmente não conseguirá alcançar seus objetivos usando menos de um grama de esteróides injetáveis por semana em conjunção com pelo menos 50mg/dia de algum oral. Talvez seja necessário ainda mais que isso, pois o indivíduo já superou de longe seu limite natural, e ganhar ainda mais não será fácil.
E aquela pessoa que, após vários anos de treinamento, chegou ao seu limite genético sob condições naturais? Ela provavelmente conseguiria excelentes resultados com os mesmos 500mg de testosterona (por semana).
E o indivíduo ainda distante de seus limites naturais por ser iniciante ou por ter seguido uma rotina de treinamento incorreta e ineficiente? Tal indivíduo pode alcançar ótimos ganhos sem o uso de esteróides anabolizantes; apesar de que o uso acarretará um aceleramento dos ganhos, diria que fazê-lo não é necessário nem recomendável.
Quem simplesmente deseja possuir um físico atraente e valoriza muito a aparência de sua pele e cabelos seria pouco beneficiado com o uso de testosterona ou Dianabol/Hemogenin (em doses quaisquer). Os benefícios simplesmente não compensariam os prejuízos (pele: oleosidade e acne; cabelos: aceleração da perda). Seria mais sensato utilizar, neste caso, uma droga mais branda, para assim alcançar seus objetivos com um mínimo de risco à saúde e aparência.
Perda de peso
E o segundo objetivo, a perda de gordura? Bem, esse objetivo é diametralmente oposto ao ganho de massa muscular. Numa alimentação com ingestão restrita de calorias não se chega nem perto de ganhar quantidades iguais de músculo quanto se ganharia numa alimentação hipercalórica que permitisse, digamos, um ganho de 0,5kg gordura/semana. O mais recomendável seria dividir os esforços para ganho muscular e perda de gordura em duas etapas distintas. Para quem não possui uma quantidade de músculo além do limite genético natural, o uso de esteróides não é necessário para se chegar a níveis moderados de gordura corporal (cerca de 8%). Entretanto, esteróides tornam a dieta mais fácil, rápida e eficiente; a dose necessária, neste caso, é bastante reduzida: 250mg/semana de Durateston ou 400mg/semana de Primobolan serão suficientes. Tais doses, entretanto, não serão suficientes para indivíduos que estejam bastante além de seus limites naturais; eles apresentarão um catabolismo muscular muito intenso em doses baixas.
Planejando o ciclo
Após termos definido a(s) droga(s) e doses a serem utilizadas, precisamos tratar da distribuição e organização do ciclo.
Novamente, os objetivos contam muito na determinação. Se estivermos falando de um [url=http://www.marombapura.com.br/biografia-e-fotos-de-fisiculturistas.html]fisiculturista[/url] profissional, simplesmente é ridículo considerar a possibilidade de ele intercalar períodos de descanso do uso de esteróides, pois os outros competidores não vão. Ele ficaria para trás se decidisse parar periodicamente de usar drogas por algumas semanas a fim de permitir que seu organismo retornasse ao funcionamento normal. Já que não estamos tratando de tais extremos, será tomado como referencial um indivíduo normal, que não deseja utilizar drogas perpetuamente, mas apenas ganhar e manter quantidades razoáveis de massa muscular.
Se pretendemos reter os ganhos, devemos focar nossa atenção ao fim do ciclo. A perda muscular ocorre se o sistema hormonal natural, que envolve o hipotálamo, a pituitária e os testículos, não estiver produzindo os níveis normais de testosterona quando as drogas anabólicas não estiverem mais circulando em nível significante no organismo.
A inibição de cada uma dessas partes é independente uma da outra, e diferentes fatores pesam nessa inibição, mas isso é outro assunto.
Os fatores que determinam a intensidade da inibição são principalmente a duração do ciclo, as drogas escolhidas, as doses e, no caso dos esteróides orais, o padrão de distribuição.
De modo bem resumido, quanto mais longo o ciclo, mais difícil será a recuperação. No cálculo da duração do ciclo deve-se levar em conta a meia-vida das drogas e o tempo necessário para que as doses caiam abaixo dos níveis inibitórios (da produção natural). Cada droga possui sua meia-vida característica. Algumas pessoas falam sobre o ciclo “2 semanas com e 2 semanas sem” utilizando Durateston (e então repete-se o processo quantas vezes for necessário). Elas acreditam que assim estão fazendo ciclos de duas semanas, mas devido à substancial quantidade de Durateston que permanece ativa no organismo durante as duas semanas de “descanso”, não haverá qualquer recuperação dos níveis naturais de hormônio. Por exemplo, se um indivíduo faz quatro desses ciclos consecutivamente, terá utilizado esteróides por 16 semanas, ou seja, terá provavelmente muita dificuldade para recuperar sua produção natural de testosterona.
O mesmo ciclo, entretanto, é bastante eficiente se for utilizado o propionato de testosterona (em conjunção com um antiestrogênico), pois esse éster de testosterona possui uma meia-vida bem mais curta, permitindo que haja efetivamente um período de “descanso” entre os ciclos.
Ciclos curtos, com intervalos de muitas semanas entre si, não são eficientes. Geralmente, os ganhos de força relevantes só se dão a partir da terceira semana, e mesmo que se tenha ganhado massa muscular durante as duas primeiras semanas, é só após a terceira que o corpo está totalmente “adaptado” para funcionar num ritmo de crescimento intenso. Infelizmente, nesses casos, o corpo apenas prepara-se para crescer, pois antes disso o usuário interrompe a utilização das drogas. Assim, não é recomendável fazer ciclos isolados com menos de quatro semanas; o mais sensato seria pelo menos cinco ou seis. Ciclos de duas ou três semanas só são uma boa idéia, na minha opinião, se forem feitos em série e com apenas um pequeno intervalo de descanso.
Ciclos isolados e curtos não fazem sentido porque desperdiçam uma fase em que o corpo ganharia massa rapidamente, mas, em contrapartida, ciclos com mais de dez semanas provavelmente causarão uma recuperação difícil. Ademais, após o corpo ter crescido intensamente por várias semanas, estará menos propenso a continuar crescendo. Usar esteróides por longos períodos provavelmente resultará numa dificuldade de recuperação, ou seja, haverá maior perda muscular no fim do ciclo. Seis semanas de uso pesado e duas a quatro de uso leve são, em média, as durações mais eficientes para usuários que pretendem manter os ganhos ao máximo.
Apesar de no começo do ciclo não se notar muito claramente a diferença entre os esteróides, no fim essa diferença torna-se bastante óbvia (devido a fatores que influenciam na inibição da produção natural). Se começarmos com doses altas e diminuirmos gradativamente, no fim, a recuperação (e retenção da massa adquirida) será bem melhor do que seria caso fosse feito o oposto, ou seja, começar com pouco e aumentar.
Primobolan, mesmo não sendo um esteróide excepcionalmente forte por miligrama, parece possuir uma proporção bastante boa entre efeitos anabólicos/inibitórios, o que torna tal droga muito propícia para ser utilizada nas últimas semanas dos ciclos. Não é muito nítido se tal mecanismo é algo inerente à Primobolan; talvez isso seja devido ao fato dela não se converter em estrógeno e, se assim for, talvez (especulando) uma dose baixa de trembolona tenha o idêntico efeito nesse aspecto.
É impossível determinar com exatidão a dosagem ideal a ser utilizada para esses fins. Em alguns casos, houve resultados excelentes com um grama de Primobolan/semana. Mas doses dessa magnitude são bastante caras, sem mencionar que não é muito certo se todas pessoas se recuperariam plenamente com elas. Apenas 400mg/semana parecem ser suficientes para saturar os receptores androgênicos e garantir numa boa preservação dos ganhos.
No que diz respeito aos esteróides de administração oral, utilizá-los numa dosagem diária única acarreta uma inibição muito menor que em várias pequenas doses divididas durante o dia. Não se sabe exatamente qual parte do dia é a melhor, mas utilizar a manhã não só funciona perfeitamente, mas também faz sentido, já que isso resulta numa baixa quantidade da droga no organismo exatamente nos horários em que a produção de LH e testosterona natural são mais elevadas (da noite até o começo da manhã). Assim, utilizar os esteróides orais em dose única nas últimas semanas do ciclo é uma boa idéia.
Nosso objetivo como um todo não é, entretanto, apenas tentar minimizar a inibição da produção natural de hormônios. Se esse fosse o caso, a resposta simplesmente seria “não use esteróides, ou então apenas doses muito baixas”.
Nas fases iniciais do ciclo a inibição deve simplesmente ser aceita como o preço a ser pago para se conseguir ganhos consideráveis. A inibição em si mesma não tem qualquer relação com o ganho de massa; na verdade, ela é apenas mediada pelo receptor androgênico, e assim sendo, altos níveis de andrógenos no corpo causarão necessariamente a inibição. E já que neste caso ela irá ocorrer inevitavelmente, então devemos apenas nos preocupar em ganhar o máximo de massa muscular possível. Não há justificativa para meios-termos aqui. Ou você está em fase de ganho de massa (ignorando os fatores que causam inibição), ou então, após essa fase, está se preocupando em mantê-los (levando em conta tais fatores).
No início do ciclo as propriedades inibitórias dos esteróides têm importância muito mais reduzida que suas propriedades anabólicas.
São dois os anabolizantes que reinam supremos: testosterona e trembolona (que é encontrada na Parabolan ou preparados ilegais de Finaplix). Esses dois esteróides parecem ser mais eficientes no ganho de massa muscular que quaisquer outros injetáveis.
Ambos podem vir a ser usados em conjunto, pois é improvável que alguém consiga financiar ou obter grandes quantidades de parabolan; então parece sensato adicionar testosterona à mistura, e talvez até haja uma sinergia entre essas drogas. A combinação trembolona/Dianabol também gera resultados excelentes. Anabolizantes orais têm benefícios à parte não porque se ligam a receptores diferentes (pois existe apenas um tipo), mas provavelmente por terem ação direta no fígado, o que influencia vários fatores de crescimento.
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